A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) iniciou, a 17 de Novembro último, a implementação de um conjunto de medidas de reestruturação estratégicas para a empresa, cujo objectivo é adaptar a visão e a missão da empresa aos desafios e oportunidades do sector energético nacional e regional.
As mudanças vão desde as ligadas à orgânica institucional, passando pela revisão da política de recursos humanos e culminam na nova visão de implementação de projectos de reforço da capacidade produtiva do empreendimento, dos actuais 2.075 MW para os 4.000 MW, até 2032.
Como parte do processo, das anteriores 22 unidades orgânicas do empreendimento, entre as áreas de engenharia, de apoio técnico e as administrativas, a Comissão Executiva da HCB decidiu reduzir para 16 unidades orgânicas de primeira linha e de 40 para 30 unidades orgânicas de segunda linha.
“A nova estrutura orgânica é mais leve e transmite maior dinâmica de trabalho e tem impactos directos positivos na produtividade da empresa”, referiu Tomás Matola, PCA da HCB.
Por seu turno, Justício Zefanias, secretário do Comité Sindical na HCB, em representação dos trabalhadores, assegurou que estes estavam muito satisfeitos na medida em que a nova estrutura e as restantes mudanças introduzidas teriam impacto positivo directo na qualidade de trabalho e de vida dos trabalhadores.
Matola destacou que “se no processo de implementação das decisões tomadas percebermos que cometemos algumas falhas, não teremos nenhum problema de revisitar as nossas decisões e proceder com os ajustamentos necessários, pois queremos uma HCB que no final das contas consiga chegar a 2030/2032 posicionada como o maior produtor de energia na região, como prevê o nosso plano estratégico 2024/2030”.
A HCB é a maior produtora de energia em Moçambique e na África Austral, com uma capacidade instalada de 2.075 MW, distribuída para os seus três principais clientes, a EDM, a Eskom (África do Sul), e a ZESA (Zimbabwe), para além de parte da energia ser comercializada na SAPP (Instituição regional do sector eléctrico e constituída pelas empresas nacionais de electricidade).