O Governo moçambicano emitiu uma garantia de 3.600 milhões de Meticais (USD56.2 milhões) para a Petróleos de Moçambique (Petromoc), um valor usado para suportar a importação de combustíveis, indica o balanço do plano económico e social e Orçamento do Estado referente ao período de Janeiro a Setembro.
Segundo o documento consultado pelo SAVANA, nos termos do artigo 10 da Lei nº 29/2022 de 30 de Dezembro, o Governo está autorizado a emitir garantias e avales no montante máximo de 32.600 milhões de Meticais, o equivalente a 509.3 milhões de dólares.
Em Junho passado, o Banco de Moçambique anunciou que, doravante, deixava de apoiar a importação de combustíveis, uma decisão que não foi bem acolhida por economistas e empresariado.
Na altura, a administradora do Banco de Moçambique, Silvina de Abreu, explicou que a comparticiparão do Banco Central nas facturas de importação de combustíveis remonta de 2005 e chegou a ser de 100 por cento, “porque havia grandes montantes que variavam de 10 a 20 milhões de dólares numa só factura, tornando-a insuportável para um banco ou conjunto de bancos suportá-la”.
Em 2022, Moçambique despendeu dois mil milhões de dólares para importar 1.8 milhão de Toneladas Métricas (TM) de combustíveis, contra USD936.6 milhões aplicados em 2021, para trazer 1.5 milhão de TM de produtos petrolíferos diversos para o consumo nacional.