A dois dias da repetição da eleição autárquica em quatro municípios, a Renamo continua sem se entender em torno da repetição do sufrágio em Nacala-Porto, província de Nampula, norte de Moçambique.
O cabeça de lista e o delegado distrital estiveram em Maputo para negociar com a liderança do partido. Regressaram com uma orientação que foi novamente desacatada pelas bases. Nesta quinta-feira, a sede do maior partido da oposição, em Nacala, foi encerrada.
Segundo escreve o Boletim CIP Eleições, a orientação de presidência de Ossufo Momade é de que a Renamo deve ir às eleições nas quatro autarquias no próximo dia 10 de Dezembro. Mas, a Renamo em Nacala-Porto contesta a orientação e está a ordenar a desmobilização total dos seus membros, e de todos os munícipes inscritos nas mesas, onde haverá repetição, para não irem votar. A Renamo, em Nacala-Porto, exige a repetição das eleições em toda a autarquia devido à fraude confirmada pelo Conselho Constitucional e reconhecida por Ossufo Momade.
A Renamo, no distrito, ainda não seleccionou nem capacitou os seus membros de Mesas de Assembleias de Votos (MMV) para o dia 10 de Dezembro. O Boletim CIP Eleições comenta que a crise interna da Renamo representa um risco para o sucesso das eleições de 10 de Dezembro. O nível de risco de ocorrência de violência extrema continua elevado.
O Conselho Constitucional decidiu pela repetição das eleições em algumas mesas das autarquias de Nacala-Porto, Gurué, Milange, e em toda a autarquia de Marromeu, um exercício que custará aos cofres do Estado cerca de 41 milhões de meticais (USD640.6 mil). A repetição terá lugar no próximo domingo, 10 de Dezembro.