Os Estados Unidos acabam de impor sanções ao Presidente do Zimbábwe, Emmerson Mnangagwa e mais 12 pessoas pelo seu envolvimento em corrupção ou graves violações dos direitos humanos.
Além de Emmerson Mnanagagua, integram a lista, publicada nesta segunda-feira, o vice-presidente Constantino Chiwenga, o brigadeiro-general Walter Tapfumaneyi e o empresário Kudakwashe Tagwirei, ao abrigo da lei de responsabilização em direitos humanos Global Magnitsky.
Numa nota divulgada por Washington, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional diz que “continuamos a testemunhar graves abusos dos direitos políticos, económicos e humanos”, no Zimbábwe.
“Os ataques à sociedade civil e as severas restrições à actividade política sufocaram as liberdades fundamentais, enquanto os principais intervenientes, incluindo líderes governamentais, desviaram recursos públicos para ganhos pessoais. Estas actividades ilícitas apoiam e contribuem para uma rede criminosa global de suborno, contrabando e branqueamento de capitais que empobrece comunidades no Zimbábwe, na África Austral e noutras partes do mundo”, afirma Adrienne Watshon.
De acordo com a nota, os Estados Unidos estão a reorientar e a intensificar os seus esforços para responsabilizar os indivíduos e entidades responsáveis por esta exploração.
A porta-voz do Conselho de Segurança nacional afirma que as acções para retirar o programa de sanções anterior e impor sanções aos principais intervenientes no âmbito do programa de sanções Global Magnitsky fazem parte de um esforço contínuo para garantir que “estamos a promover a responsabilização por graves abusos dos direitos humanos e corrupção de uma forma direcionada e estratégica”.
Por seu turno, Antony Blinken, o secretário de Estado norte-americano, considerou que as novas medidas faziam parte de uma “política de sanções mais forte e mais dirigida” e expressou sua preocupação com “casos graves de corrupção e abuso dos direitos humanos”.
“Indivíduos-chave, incluindo membros do governo do Zimbabwe, são responsáveis por estas acções, incluindo o saque dos cofres do governo que rouba recursos públicos dos zimbabuenses”, frisou Blinken, num comunicado.