Uma barcaça e um rebocador de suporte transportando equipamentos pesados para a central térmica de Temane (CTT) foram arrastados para as praias a norte do Inhassoro, 750 km a norte de Maputo, depois dos ventos violentos da tempestade “Filipo” terem assolado a região esta terça-feira.
Segundo explicações fornecidas pela Globeleq, uma das empresas envolvidas no projecto de USD760m, o rebocador Comarco Swift e a barcaça Palma 2401, sedeados em Mombaça, Quénia, desprenderam-se da amarração junto à vila de Inhassoro, tendo sido arrastados à deriva para norte, acabando por dar à costa pela força das marés e das ondas alterosas desencadeadas pelo “Filipo”. Não há vítimas entre a tripulação do rebocador. A barcaça encalhada tem a bordo todo o equipamento embarcado no final de Fevereiro no porto de Maputo.
Esta quinta-feira, equipas técnicas estiveram no local do acidente, para determinar em que condições será possível voltar a reflutuar os equipamentos pertencentes à empresa Maast Maritime, mas ao serviço do empreiteiro da CTT, o grupo espanhol TSK que executou também o projecto fotovoltaico de Cuamba, no norte de Moçambique.
O jetty de suporte aos desembarques de equipamento pesado na praia de Inhassoro ficou parcialmente destruído pela força do vento e das ondas alterosas que se fizeram sentir terça-feira, na zona por onde o “Filipo” entrou na costa moçambicana.
A Maast Maritime esteve anteriormente a operar equipamentos semelhantes na península de Afungi, fazendo o transbordo e transporte de equipamentos críticos dos parceiros da área 1, liderados pela TotalEnergies, entre Mocímboa da Praia e a enseada onde será implantado o jetty de apoio à construção do complexo industrial para a liquefacção de gás. A barcaça encalhada tem uma capacidade de 1850 toneladas de carga e o rebocador tem uma potência de 2800 cavalos (BHP). Ambos equipamentos estão registados em Zanzibar.
(Zitamar/SAVANA)