Venâncio Mondlane, o então cabeça de lista da Renamo nas controversas autárquicas de 2023, decidiu entregar, nesta segunda-feira, formalmente, a carta de desvinculação do maior partido a oposição, à busca do que considera condições e ambiente de acesso e exercício de uma democracia plena.
Segundo ele, depois de uma reflexão profunda chegou à conclusão de, enquanto membro da Renamo, tal objectivo nunca seria alcançado, pelo que o caminho encontrado é mesmo avançar para o abandono do partido, organização política na qual militava desde 2018.
“Após reflexão aprofundada, concluindo que deve buscar meios alternativos para continuar a promover a ética, princípios e valores duma democracia plena, vem por este meio apresentar a V. excia a renuncia da sua qualidade de membro do partido”, lê-se na nota que Venâncio Mondlane enviou ao Secretariado-Geral do partido Renamo.
Por outro lado, Venâncio Mondlane mandou uma carta à Assembleia da República (AR), comunicando renúncia do seu mandato como deputado da bancada parlamentar da Renamo, na presente legislatura.
Venâncio Mondlane, como é de conhecimento público, tentou, por todos os caminhos, alcançar a presidência da Renamo e se posicionar como candidato presidencial deste que é o maior partido da oposição, mas os seus objectivos caíram em terra.
Agora, Mondlane decidiu candidatar como independente ao cargo de Presidente da República, cuja candidatura será depositada nesta quinta-feira no Conselho Constitucional.