O registo de alguma melhoria das condições de segurança em algumas zonas da província de Cabo Delgado e o consequente retorno, apesar de tímido, de parte da população antes deslocada em vários pontos, não tranquilizam as Nações Unidas (NU) que, nesta segunda-feira, voltaram a reconhecer a premente necessidade de se continuar a mobilizar fundos para apoiar as vítimas do terrorismo e do extremismo islâmico naquela província do norte do país.
Durante audiência de cortesia concedida pela ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, o director executivo do escritório das Nações Unidas para Serviços e Projectos, Jorge Moreira da Silva, disse que um dos maiores desafios, além das garantias de condições de segurança, tem a ver com a necessidade de voltar a garantir a existência de infra-estruturas que possam oferecer serviços básicos à população.
“Felizmente, muitos dos deslocados regressaram, mas a crise não esta plenamente debelada, principalmente na área social e na área das infra-estruturas. É preciso continuar esse processo”, disse Jorge Moreira, falando, no fim da reunião com a governante moçambicana.
Durante a sua permanência em Moçambique, que só termina no dia 21, o dirigente deverá visitar a província de Cabo Delgado para, de perto, inteirar-se das actuais e reais condições da população vítima do terrorismo.