Funcionários superiores do Ministério da Defesa Nacional estão envolvidos no desvio de 52 milhões de meticais, anunciou ontem, em Maputo, o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC).
Em relação ao caso, o GCCC disse ter já instaurado três processos-crime, cujos detalhes não podem ser ainda revelados por estarem na fase de instrução, sendo cobertos pelo segredo de justiça.
O GCCC revelou que o desvio foi concretizado através de um esquema em que os três funcionários faziam transferências para empresas supostamente contratadas pela instituição, sendo uma delas envolvida na área do fornecimento de combustíveis.
“No Ministério da Defesa (…) são funcionários que estão ligados à área da gestão financeira, da realização da despesa, das áreas da administração e finanças”, disse o porta-voz do GCCC, Romualdo Johnam, durante uma conferência de imprensa.
Mantana falou também do caso das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), onde em Abril foi denunciado um esquema de corrupção em que os pagamentos feitos pelo sistema de POS, a favor da empresa, iam cair alegadamente numa conta de uma empresa de bebidas. Johnam disse que o GCCC está a trabalhar no assunto, e que já há avanços.
“Sobre o assunto da LAM, o GCCC está a tramitar esse processo; foi remetido o relatório da auditoria pela empresa que foi encarregue de fazer a gestão, e nesse sentido o processo encontra-se em diligência de instrução no sentido de procedermos à recolha da prova para depois deduzirmos um despacho competente”, disse Johnam.
Acrescentou que há indivíduos suspeitos, com várias diligências de apreensão já efectuadas para a formação do corpo delito