O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique (BdM) alertou, nesta segunda-feira, que a pressão sobre o endividamento público interno se mantém elevada, assinalando que de Dezembro de 2023 a Setembro último aquela rubrica, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 402,7 mil milhões de meticais [USD6.292 milhões], o que representa um aumento de 90,3 mil milhões de meticais [USD1.410,9 milhões].
O CPMO do BdM, após a reunião bimensal, decidiu reduzir a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, de 14,25 % para 13,50%. O BdM justifica a redução com a contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e incertezas associados às projecções mantém-se favorável.
A sessão desta segunda-feira foi precedida pela reunião do Comité de Estabilidade e Inclusão Financeira do Banco de Moçambique, que avaliou a evolução dos indicadores de inclusão financeira, e concluiu que os níveis de inclusão financeira aumentaram significativamente.
O BdM aponta ainda que as perspectivas da inflação mantêm-se em um dígito, no médio prazo. Em Agosto de 2024, a inflação anual continuou a tendência de desaceleração ao fixar-se em 2,8 %, após 3,0 % em Julho. A manutenção das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, reflecte, essencialmente, a estabilidade do Metical e o impacto das medidas tomadas pelo CPMO.