O Banco de Moçambique (BdM) continua a sua política de inspeccionar a partir de dentro os três maiores bancos comerciais do sistema financeiro nacional, uma estratégia que passa por indicação de inspectores residentes.
Nesta segunda-feira, o regulador do sistema financeiro moçambicano indicou dois novos inspectores residentes para o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e Standard bank.
Trata-se de Adelina José Chilaule, que foi indicada para as funções de inspectora residente no BCI e Claúdio Júlio Mangue, que vai exercer as mesmas funções no Standard Bank.
O BdM justifica estas nomeações com a necessidade de se assegurar o prosseguimento de uma abordagem de supervisão baseada no risco e participação dos inspectores em reuniões relevantes dos órgãos colegiais dos bancos em referência.
“Os novos inspectores residentes darão continuidade à abordagem de supervisão baseada no risco e participação em reuniões relevantes dos órgãos colegiais dos bancos supracitados”, lê-se na nota do BdM.
Porém, o BdM argumenta que apesar desta supervisão interna o BCI e Standard Bank “permanecem sólidos e estáveis”. Em 2024, o BdM considerou o BCI, Millennium BIM e Standard Bank como bancos sistémicos no sistema financeiro moçambicano.
Recorde-se que em Maio passado, o BdM nomeou Hélder Muianga, como inspector residente do Banco Internacional de Moçambique (Millennium BIM), explicando que a decisão tinha a ver com a necessidade de monitorar o sistema de pagamentos, o modelo de negócios e a estratégias do banco, bem como acompanhar e analisar os desenvolvimentos de sistema de gestão e controlo interno e participar nas reuniões relevantes dos órgãos colegiais.