Cerca de 40 partidos da oposição firmaram, nesta quarta-feira, uma união colectiva para exigir àquilo que consideram restauração da “verdade eleitoral” ao Conselho Constitucional, por ser o último que ainda pode devolver, segundo aquelas formações políticas, a tranquilidade no país.
Para Salomão Muchanga, presidente do partido da Nova Democracia (ND), a concentração e união dos partidos políticos e representantes dos candidatos da oposição representa um “momento profético da vida dos moçambicanos”.
“Isto representa o senso de unidade para uma acção colectiva, em que juntos estamos a rejeitar os resultados que foram divulgados e estamos a dizer que chamamos aqui uma necessidade de uma auditoria forense para apurar a veracidade e repor a aquilo que foi a vontade popular”, disse Muchanga, numa conferência de imprensa convocada para o efeito.
Na “frente única” fazem parte o Podemos, partido que suporta a candidatura de Venâncio Mondlane, e a Renamo, que segundo os resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), perdeu o estatuto de maior partido da oposição.
Muchanga apontou que com esta união os direitos dos moçambicanos estão salvaguardados, porque as manifestações destes partidos são pacíficas, regidas pela Constituição da República.
“No nosso Estado, como vocês podem ver, os partidos representam, em primeiro lugar, a onda de estabilidade do Estado, mas há quem não está preocupado, com a estabilidade do estados, há quem não está preocupado com a paz, há quem não está preocupado com a união, há que não está preocupado coma esperança traduzida nos resultados destas eleições”, concluiu apontando o dedo à força externa
Contudo, desta união, os partidos carregam a mensagem popular que é protestar contra as fraudes eleitorais, de forma colectiva, e prometem juntar-se ao povo na marcha evocada para iniciar amanhã com término previsto até dia a quinta-feira, dia 07 de Novembro, até que seja reposta a verdade eleitoral.