Moçambique vem assistindo a um ambiente tenso e radicalização do discurso, desde 9 de Outubro, data em que se realizaram as eleições gerais, contestadas por Venâncio Mondlane, o candidato presidencial do Podemos. Nesta quinta-feira, 7 de Novembro, as ruas da capital foram tomadas por uma ampla manifestação, agressivamente reprimida pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS). Longo às primeiras horas da data marcada por Venâncio Mondlane como “dia da libertação”, as entradas da capital foram dominadas por “ambiente explosivo”, com um forte dispositivo militar e policial nas ruas.
Numa primeira fase, os militares foram posicionados para controlar as principais entradas da cidade de Maputo, mas rapidamente foram mobilizados para o centro da cidade para ajudar a conter a fúria popular. A população dos bairros da Polana Caniço, Maxaquene, Patrice Lumumba, Luís Cabral, procuravam furar, a todo custo, as barreiras policiais para se instalarem nas ruas do centro da cidade.
As primeiras horas do dia receava-se um banho de sangue e espectro de destruição. Tempos depois foram saqueadas várias lojas na Shoprite de Maputo.