A chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE) em Moçambique, Laura Ballarín, disse, nesta quinta-feira, que a organização está disponível a ajudar o país a empreender uma “reforma eleitoral”, tendo assinalado que as eleições gerais de 11 de Outubro foram manchadas por irregularidades e discrepâncias que afectam a integridade do processo e dos resultados eleitorais.
“As conclusões do relatório [da Missão de Observação Eleitoral da EU] apontam para várias irregularidades e discrepâncias que afectam a integridade do processo e dos resultados eleitorais no país”, disse Ballarín, em declarações à imprensa.
Aquela responsável falava após se encontrar com o Presidente da República, Daniel Chapo, no âmbito da deslocação a Moçambique, para a divulgação e conferência de imprensa sobre o relatório final da Missão e Observação Eleitoral da UE das últimas eleições gerais.
“Juntamente com a nossa Delegação da União Europeia em Moçambique, posso confirmar que a União está pronta a apoiar os esforços desta reforma eleitoral com assistência técnica”, avançou Laura Ballarín.
Ballarín sublinhou que “em nenhum país do mundo as missões de Observação Eleitoral da União Europeia validam ou invalidam os resultados eleitorais”.
Esta afirmação tenciona definir o escopo dos observadores eleitorais, na sequência de acusações de que aquela organização comunitária não emite um julgamento enfático sobre os processos eleitorais em Moçambique, limitando-se a uma linguagem diplomática e eufemística como a ocorrência de “irregularidades” ou “discrepâncias”.