O Instituto de Comunicação Social da África Austral – Capítulo de Moçambique (MISA Moçambique) exigiu aos ministérios da Defesa e do Interior que esclareçam, com a máxima urgência, à sociedade, o alegado envolvimento de agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS) no “desaparecimento forçado” do jornalista Arlindo Chissale, ocorrido na noite de 07 de Janeiro de 2025, na zona de Silva Macua, província de Cabo Delgado, refere aquela entidade em comunicado.
Na nota de imprensa aponta que informações divulgadas pela imprensa e testemunhos recolhidos pelo MISA indicam que Chissale foi interpelado, agredido violentamente e levado à força por agentes das FDS.
“Desde então, o jornalista continua desaparecido sem qualquer comunicação oficial sobre o seu paradeiro (…). No documento submetido, o MISA Moçambique pede aos ministérios da Defesa e do Interior que se comprometam a esclarecer o caso, através de uma investigação independente e a responsabilizar os agentes envolvidos”, avança-se no texto.
O MISA Moçambique pede ainda aos Ministérios do Interior e da Defesa Nacional para garantirem que os agentes envolvidos nos actos contra o jornalista parem e os agentes da corporação abstenham-se imediatamente de qualquer forma de violência e brutalidade policial contra jornalistas, de modo a assegurar que a liberdade de imprensa não seja restringida.
“O MISA Moçambique reitera a sua preocupação com o crescente ambiente hostil contra os profissionais de comunicação social no país e insta o Estado a reforçar o seu compromisso com os princípios democráticos, assegurando a proteção daqueles que exercem o dever de informar”, diz o comunicado.