A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou, na terça-feira, em Maputo, a disponibilidade de uma linha de financiamento no valor de 10 mil milhões de meticais (cerca de 156.2 milhões de dólares), para apoiar empresas afectadas pela destruição durante as manifestações pós-eleitorais, que têm lugar no país desde Outubro.
No entanto, os empresários, apesar de reconhecerem a necessidade de um fundo de recuperação, alertam que de nada ou pouco vai valer, se as condições de segurança e de estabilidade não forem repostas no país.
Ou seja, para eles, antes de recorrerem as verbas, o Estado deve garantir condições de segurança as empresas, pois, enquanto a situação continuar como está, há riscos profundos de a ajuda ser desperdiçada.
O fundo, aprovado recentemente pelo Conselho de Ministros, resulta de uma contribuição conjunta do banco central, de bancos comerciais e do Governo de Moçambique.
A taxa de juro fixada está em 15%. É considerada atractiva, mas gera muitos receios por conta da contínua instabilidade social e política.
(Cleto Duarte)