A Mozal, empresa de fundição de alumínio, que está no centro de uma discussão com o Governo, relacionado com as tarifas de energia, foi, nesta segunda-feira, distinguida com o prémio de “Maior Exportador” para os países da União Europeia (UE).
O galardão, integrado na categoria de “Exportadores em Mercados Preferenciais”, foi entregue ao PCA da Mozal, Samuel Samo Gudo, durante a cerimónia de abertura da Feira Internacional de Maputo (FACIM).
Num discurso dirigido à Mozal e às outras firmas premiadas em categorias distintas, o Presidente da República, Daniel Chapo, reconheceu o contributo das operações da fundição de alumínio para a robustez da economia moçambicana. O Chefe de Estado enfatizou que a Mozal é uma das empresas que, apesar de alguns constrangimentos que têm abalado o ambiente de negócios, mostra-se resiliente.
“Os prémios representam mais do que números e contratos. São histórias de visão, resiliência e coragem. Representam o esforço de empresários que acreditaram em Moçambique”, assinalou Daniel Chapo.
O PR destacou a resiliência da Mozal e outras empresas, em meio a choques diversos, afirmando que, “arriscaram, inovaram e abriram novos mercados, apesar de todas as adversidades cheias, inundações, ciclones, COVID-19 e manifestações violentas pós-eleitorais que destruíram bens públicos e privados. Estas empresas continuam firmes, confiando neste grande Moçambique”.
Reagindo à distinção, Samuel Samo Gudo, assegurou que a empresa vai continuar a manter a sua estratégia de produção e exportação dentro dos padrões do mercado transnacional, fazendo proveito dos desafios e oportunidades. “É um mercado onde temos muita experiência, um mercado que nos traz vantagens em relação a outros. A distância e a qualidade do nosso produto também contam. O que nos importa, agora, é manter a qualidade e a disponibilidade do nosso produto no mercado europeu”, disse o gestor.
Ainda na Segunda-feira, Samuel Samo Gudo reiterou que a Mozal está em conversações junto do Governo moçambicano, com a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), incluindo a Empresa Estatal de Electrecidade de Moçambique, com o objectivo de reforçar os acordos de abastecimneto de energia eléctrica à firma.
Criada em 1998, por um consórcio de investidores liderado pela BHP Billiton, com um orçamento inicial de mais de 2 mil milhões de dólares americanos, a Mozal opera no Parque Industrial de Beluluane, na província de Maputo, sul de Moçambique.