O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirma ter sido alvo de um golpe de Estado, mas a os partidos da oposição e a Sociedade civil falam em encenação para suspender a contagem de votos.
Em declarações ao jornal Jeune Afrique, Embaló disse que foi detido por militares esta quarta-feira, por volta das 12:00, no seu gabinete no palácio presidencial, em Bissau.
Segundo Embaló, foram também detidos o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Biague Na Ntan, o vice-chefe do Estado-Maior, Mamadou Touré, e o ministro do Interior, Botché Candé. Embaló garante que não foi alvo de violência física no momento da detenção e aponta responsabilidades para o chefe do Estado-Maior do Exército.
No entanto, a agência Lusa, que cita testemunhas no terreno, avança que estão a ser ouvidos tiros de armas ligeiras e de guerra no centro da cidade de Bissau, capital do país, desde as 12:40.
A crise ocorre três dias depois da eleição presidencial. Sissoco Embaló reivindicava uma vitória expressiva, com 65% dos votos, com base em sondagens. No entanto, o seu principal adversário, Fernando Dias da Costa também reclama vitória. Os resultados eleitorais deveriam ser divulgados esta quinta-feira. Porém, os militares afirmaram na tarde desta quarta-feira, que tem o controlo de todo o país, fecharam as fronteiras e suspenderam o processo eleitoral.
