Quando o sol desaparecer e a escuridão da noite de hoje começar, os defensores da liberdade de expressão e de imprensa se recordarão de um dos seus heróis nacionais, o jornalista Carlos Cardoso, que foi violentamente assassinado no dia 22 de Novembro de 2000, a escassos metros da sua redacção, depois de mais uma jornada de trabalho.
Cardoso, um militante inabalável pela verdade e pela livre expressão do pensamento, foi o primeiro Editor do jornal mediaFAX, a primeira publicação independente desde a independência de Moçambique.
Depois de abandonar o projecto que ajudou a criar, Cardoso foi abraçar uma nova iniciativa, criando o jornal METICAL, o qual publicou até à sua morte. Antes, Cardoso tinha sido director da Agência de Informação de Moçambique (AIM), para além ter também trabalhado na Revista TEMPO.
Nascido a 10 de Agosto de 1951 na cidade da Beira, Cardoso foi assassinado devido à sua incansável perseguição ao caso do escândalo do Banco Comercial de Moçambique (actualmente Millenium bim), na altura propriedade do Estado, e do qual haviam desaparecido 14 milhões de dólares, num esquema de roubo que envolveu alguns funcionários do banco.