A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) manifestou, no passado sábado, interesse em renovar contrato com o selecionador nacional Chiquinho Conde, assinalando que vai iniciar negociações com o treinador para a formalização da extensão do vínculo.
“Foi constituído um grupo de trabalho que vai conduzir todo o processo jurídico-administrativo visando a busca de consensos para a renovação do vínculo contratual entre as partes. Esse trabalho deverá iniciar nos próximos dias”, refere um comunicado da FMF divulgado este sábado.
Na conferência de imprensa em que acusou Chiquinho Conde de “ingrato”, o presidente da FMF, Feizal Sidat, criticou o actual selecionador de violar o contrato de trabalho, ao fazer acusações contra a sua “entidade patronal” em público e nas redes sociais, e reivindicar apenas para si e para os jogadores o mérito das vitórias dos ‘mambas’, deixando de fora “todo o trabalho colectivo”.
Sidat disse que Chiquinho Conde lhe faltou ao respeito, na presença dos jogadores da selecção, ao exigir gelo no balneário, após o jogo em que Moçambique garantiu o acesso à fase final do Campeonato das Nações Africanas (CHAN), disputado apenas por jogadores que actuam no continente.
O dirigente deu ainda conta de que o selecionador humilhou igualmente Paíto, actual vice-presidente da FMFpara as seleções, ao proibi-lo de entrar no autocarro e no balneário da equipa.
“O meu vice-presidente merece ter todo o respeito, o Paíto está proibido de entrar no autocarro, o Paíto chorou”, afirmou Sidat.
As dúvidas em relação à continuidade de Chiquinho Conde à frente da seleção nacional levaram alguns líderes da sociedade civil a dirigirem-se à sede da FMF para exigirem que a direcção do organismo se comprometa com a renovação do contrato com o técnico, figura muito popular no país.