A Associação Médica de Moçambique (AMM) anunciou, nesta segunda-feira, uma greve de 21 dias a começar a partir de 29 de Julho, classificando a situação no Serviço Nacional de Saúde (SNS) como caótica. A AMM acusou igualmente o governo de desinteresse em resolver as preocupações da classe.
“A classe médica voltará a paralisar as actividades a partir de segunda-feira, dia 29 de Julho, em todo o território nacional”, assinalou o presidente da AMM, Napoleão Viola, em conferência de imprensa, em Maputo, avançando que a greve terá uma duração de 21 dias prorrogáveis, caso não haja entendimento com o Governo.
O caderno reivindicativo inclui melhorar o enquadramento no âmbito da Tabela Salarial Única (TSU), os cortes salariais à classe, a falta de pagamento de horas extraordinárias “há mais de um ano” e melhores condições de trabalho.
“As nossas unidades sanitárias continuam a carecer do básico. Continuamos a funcionar sem medicamentos, sem alimentação suficiente para pacientes e sem meios de diagnóstico para que possamos chegar às patologias que afectam os pacientes”, frisou Viola.
O presidente da AMM disse que apenas seis dos 23 pontos do caderno reivindicativo foram resolvidos desde o arranque das negociações com o Governo, em Agosto do ano passado, salientando que não há diálogo pelo menos há cinco meses.