O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) anunciou, nesta terça-feira, o início da fase de Engenharia de base (Front-End Engineering Design -FEED) do Projecto Rovuma LNG, na Área 4 da Bacia do Rovuma, com a adjudicação e assinatura de contratos competitivos para engenharia, aquisição e construção detalhada do Projecto.
Esta fase, que deve durar aproximadamente 16 meses, representa a última etapa antes da tomada da Decisão Final de Investimento (FID). Liderado pela ExxonMobil, o Projecto Rovuma LNG prevê produzir, em terra, 18 milhões de toneladas de Gás Natural Liquefeito (LNG), por ano.
“Este é um sinal positivo de que este projecto estruturante está a ganhar forma e encorajamos as concessionárias a continuarem a dar passos firmes para a obtenção de custos associados que tornarão o mesmo uma realidade”, disse Carlos Zacarias, Ministro dos Recursos Minerais e Energia.
“A adjudicação e execução dos contratos FEED é um passo significativo para o desenvolvimento do projecto de classe mundial Rovuma LNG. Continuaremos a trabalhar com o Governo de Moçambique para maximizar os benefícios que este projeto trará ao povo de Moçambique por muitos anos,” afirmou Frank Kretschmer, Presidente da ExxonMobil Moçambique.
Em meados deste mês, o presidente da ExxonMobil Upstream, Liam Mallon, afirmou, em Maputo, que a petrolífera norte-americana prevê tomar uma decisão sobre o projecto de extração de gás natural no norte de Moçambique apenas em 2026. Mallon falava após um encontro com Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
O Projecto Rovuma LNG irá produzir, liquefazer e comercializar gás natural a partir de reservatórios do bloco da Área 4 da Bacia do Rovuma, e inclui a construção de 12 módulos de 1,5 Milhões de Toneladas Ano (MTA) cada.
Espera-se que o desenho modular e elétrico do Rovuma LNG, com módulos pré-fabricados a serem montados em Afungi, aumente a competitividade e a flexibilidade do projecto e o desenho permita reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE).
A Área 4 é um contrato de concessão para exploração e produção no norte de Moçambique constituído pela MRV (70%), ENH (10%), KOGAS (10%) e Galp (10%). É operada pela Moçambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), uma joint venture incorporada detida pela ExxonMobil, Eni e (China National Petroleum Corporation) CNPC, que detém uma participação de 70 por cento na Área 4.