O investigador e docente universitário, José Jaime Macuane, entende que pode ser vontade de Daniel Chapo, candidato presidencial da Frelimo, acabar com a corrupção, mas esse resultado é quase impossível de alcançar, tendo em conta que, para tal, precisaria de implodir todo o sistema e provocar uma verdadeira ruptura dentro da Frelimo. Isso, segundo Macuane, passa por acordos políticos de difícil alcance, numa organização cujo mal está enraizado no seio dos seus membros. O sinal que deixa claro que o combate à corrupção não passa de falácia é que, até hoje, Daniel Chapo ainda não apresentou uma estratégia clara sobre como vai atacar o mal, limitando-se a repetir discursos que vêm desde o tempo do Presidente Joaquim Chissano.
Na entrevista ao SAVANA, Macuane analisa os fenómenos que retratam o actual momento político e diz que António Muchanga perdeu credibilidade, Venâncio Mondlane não apresenta uma ideologia clara, enquanto a Renamo está refém de uma direcção sem carisma.
A entrevista, em que o académico diz que a máquina da fraude está em prontidão, faltando apenas a definição da margem da sua actuação, pode ser lida na íntegra na edição impressa e electrónica do SAVANA desta sexta-feira, 13 de Setembro.