A chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE), Laura Ballarín, enfatizou, neste sábado, em Maputo, que a missão “não legitima o processo eleitoral, nem valida os resultados das eleições”.
O comentário Ballarín acontece numa altura em que os observadores da UE tem sido, sistematicamente, alvo de críticas pelo alegado facto de fazerem vista grossa a supostas fraudes eleitorais, que tem marcado o processo eleitoral em Moçambique.
Ballarín falava neste sábado, quando anunciava o destacamento de mais 76 observadores da MOE UE para reforçar as equipas que já trabalham em todas as províncias de Moçambique desde 13 de Setembro.
“Posso anunciar que a 9 de Outubro a nossa Missão contará com mais de 170 observadores, procedentes de 24 Estados-Membros da União Europeia, e da Suíça, Canadá e Noruega”, destacou a chefe da Missão. E acrescentou: “Gostaria de sublinhar que a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia não legitima o processo eleitoral, nem valida os resultados das eleições”, frisou.
“Os três princípios orientadores são a nossa imparcialidade, a independência e a não interferência no processo eleitoral”, concluiu Laura Ballarín.
Todos os membros da Missão observarão a abertura, a votação e o encerramento, mas também estarão presentes na contagem dos votos e na fase do apuramento.
A Missão ficará no país até a conclusão do processo eleitoral, incluindo o caso de uma segunda volta eleitoral.
(Cleto Almeida)