A missão de observação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições gerais de 9 de Outubro elogiou o desempenho dos órgãos de gestão eleitoral e das forças de segurança, assinalando que os observadores não tiveram qualquer constrangimento nas suas acções.
João Cravinho, responsável da missão, afirmou que os observadores da CPLP verificaram “grandes disparidades no número de delegados partidários, com um partido representado [Frelimo], tipicamente, por dois delegados, em praticamente todas as mesas, enquanto outros partidos tinham uma presença mais reduzida”.
No entanto, Cravinho, um antigo ministro dos Negócios Estrangeiros português, que a missão destacou uma “votação ordeira” nas eleições.
“O processo de votação de forma ordeira e organizada, tendo os eleitores moçambicanos exercido o seu direito de voto em ambiente de tranquilidade”, sublinhou Cravinho, numa declaração preliminar à observação no terreno das eleições de quarta-feira.
Por outro lado, Cravinho apontou igualmente um cumprimento desigual do preceituado na lei, nomeadamente no que diz respeito aos procedimentos de contagem e uma morosidade na publicação de resultados oficiais, uma crítica que, aliás, há muito é feita em vários sectores que estudam as eleições moçambicanas.