O Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) exigiu ao Conselho Constitucional (CC) a repetição do apuramento geral das eleições gerais do dia 09 de Outubro, considerando que o escrutínio foi marcado por “várias irregularidades que influenciaram substancialmente os resultados”.
“O recorrente solicita ao douto Conselho Constitucional: Ordenar a CNE [Comissão Nacional de Eleições] a repetir o apuramento geral, fazendo-o nos termos do n.1 do artigo 119 da Lei n.15/2024, de 23 de Agosto, e n.1 do artigo 142 da Lei n.14/2024, de 23 de Agosto”, pode ler-se no recurso interposto pelo Podemos.
Aquela força política até agora extraparlamentar vai, pela primeira vez, segundo os resultados da CNE, entrar na Assembleia da República e tornar-se no maior partido da oposição, com 31 deputados, e o candidato presidencial que apoiou, Venâncio Mondlane, ficou em segundo lugar na corrida à Ponta Vermelha, com 20,32%, com base nos resultados anunciados pela CNE.
No recurso que submeteu ao CC, o Podemos defende que deve ser feito um novo apuramento “com base nas actas e nos editais referentes ao apuramento distrital e de cidade, assim como nos dados de centralização recebidos pelas comissões provinciais de eleições”.
Aquela força política defende que se deve “apurar em todo país e na diáspora o número exacto de votantes nas três eleições, com base nos cadernos utilizados em cada mesa e cópias distribuídas aos partidos concorrentes, para se saber como foi possível a disparidade de votantes e abstenções”.