O veterano político da oposição do Quénia, Raila Odinga, morreu subitamente esta quarta-feira na Índia, onde se encontrava a receber tratamento médico.
De 80 anos de idade, Odinga concorreu cinco vezes para a Presidência do Quénia, mas em nenhuma delas foi bem-sucedido.
Numa comunicação à nação, o Presidente William Ruto descreveu Odinga como “um gigante da democracia e combatente incansável pela boa governação”.
Acrescentou que “com a sua morte perdemos um patriota de uma coragem invulgar, um pan-africanista, um unificador que procurou a paz acima do poder e do proveito próprio, um incansável servidor do povo, que deu o seu melhor pela promessa de um Quénia melhor”.
Ruto declarou sete dias de luto nacional, e anunciou que Odinga terá um funeral de Estado, numa data que ainda não foi decidida.
Um persistente líder da oposição, Odinga foi eleito para o parlamento em 2002, e a sua última corrida para a Presidência da República foi em 2022.
A sua derrota por uma margem muito estreita contra Mwai Kibaki, nas eleições de 2007, provocou uma crise nacional de que resultou a morte de 1 300 pessoas. Ele tornou-se Primeiro-Ministro num governo de unidade nacional com o seu opositor, que foi arquitectado como solução para impedir que a crise se intensificasse.