O Governo moçambicano, a HCB e a Eskom não chegaram a acordo para um novo preço de energia à Mozal e a fundição vai interromper a produção de alumínio, a partir de 15 de Marco do próximo ano, anunciou hoje a multinacional australiana South32, accionista maioritário da companhia.
A nota da Mozal assinala que apesar destes esforços, não foi possível assegurar um novo acordo de fornecimento de electricidade e a megafundição será colocada em regime de conservação e manutenção por volta de 15 de Março de 2026. Sublinha que as matérias-primas necessárias para manter as operações para além de Março de 2026 não foram adquiridas.
“Não foi possível assegurar um novo acordo” para “garantir um fornecimento de electricidade suficiente e a preços competitivos para a Mozal, após Março de 2016, quando o acordo actual expirar”, lê-se na nota.
Na nota, Graham Kerr, CEO da South32, accionista maioritário da Moza, sublinha que o fracasso nas negociações vai provocar impactos negativos nos trabalhadores da fundição e nos fornecedores e tudo está a ser feito para os apoiar.
“Não é onde esperávamos estar. Ao longo dos últimos seis anos, trabalhamos arduamente para encontrar uma solução que permitisse à Mozal manter-se competitiva a nível internacional e continuar a produzir alumínio. O desafio tornou-se ainda mais difícil, devido às condições de seca contínua que reduziram o fornecimento de electricidade em Moçambique e aumentaram a nossa dependência da energia sul-africana da Eskom”, sublinha o CEO da South32.
Como resultado, a MOZAL não pode continuar a operar e será colocada em regime de conservação e manutenção em Março do próximo ano. Ao que apurámos, o encerramento da fábrica significaria a perda de cerca de 1.100 empregos na Mozal, além de 5.000 empregos na cadeia de prestadores de serviço.