O director do Gabinete de Implementação do Projecto Mphanda Nkuwa, Carlos Yum, afirmou que as garantias de financiamento para construção da infra-estrutura energética, a ser erguida no rio Zambeze, no distrito de Marara, na província de Tete, estarão asseguradas até ao final deste ano.
“Neste momento estamos a tratar de matérias específicas das manifestações de interesse de financiamento ao projecto. Podemos dizer que as coisas estão a correr bem”, disse Yum à margem de uma palestra com estudantes da Universidade Pedagógica, em Maputo.
Dos cinco mil milhões de dólares necessários para a construção da infraestrutura, 1,3 mil milhões de dólares serão desembolsados pelo consórcio que vai gerir o empreendimento e o remanescente por instituições financeiras que vão assegurar o “fecho financeiro”, até finais deste ano.
A construção da hidroelétrica, 60 km a jusante da Hidroléctrica de Cahora Bassa (HCB), vai levar cinco anos a ser erguida. Prevê-se que comece a operar em 2031.
O empreendimento será composto por uma central hidroelétrica com capacidade de produção de 1.500 MegaWatts (MW) e por uma linha de transporte de alta tensão com 1.350 a 1.400 quilómetros, que vai sair de Tete, no centro de Moçambique, até Maputo, no sul.
“É um empreendimento crítico para a estratégia de transição energética”, tendo em conta que a hidroelétrica será alimentada por uma fonte renovável, que é a água, prosseguiu.
Em dezembro último, o Governo moçambicano e um consórcio liderado pela Eletricidade de França (EDF) assinaram acordos para a implementação do Projecto Hidroelétrico de Mphanda Nkuwa.
Além da EDF, o consórcio internacional é constituído pela petrolífera francesa TotalEnergies e pela japonesa Sumitomo Corporation, detendo conjuntamente 70% da hidroelétrica.
Em representação do Estado moçambicano, detém os restantes 30% a Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) e a Eletricidade de Moçambique (EDM).