A União Europeia (UE) expressou, nesta terça-feira, disponibilidade para ajudar Moçambique a ultrapassar a actual crise pós-eleitoral, na sequência dos polémicos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro do ano passado.
“A União Europeia e os estados membros poderão apoiar esse processo”, refere uma nota da delegação da UE, a que o Savana teve acesso.
Aquela organização divulgou o comunicado depois de um encontro entre o embaixador da UE, Antonino Maggiore, e os presidentes do PODEMOS, Albino Forquilha, da Renamo, Momade Ossufo, e da Nova Democracia, Salomão Muchanga.
A nota avança que a reunião aconteceu a pedido dos líderes das três formações políticas.
“Os líderes destes três partidos apresentaram o ponto de situação do diálogo político em curso com vista a superar a actual situação em Moçambique e trocaram impressões sobre o modo como a União Europeia e os estados membros poderão apoiar este processo”, lê-se na nota.
Moçambique atravessa uma grave crise política causada pela contestação da oposição aos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro, marcada por manifestações que resultaram numa repressão brutal da polícia e saques e destruição de bens públicos e privados por manifestantes.
Mais de 400 pessoas morreram e outras centenas ficaram feridas, como resultado da violência policial e dos tumultos, de acordo com vários relatórios.
Os protestos têm sido promovidos por Venâncio Mondlane, segundo candidato presidencial mais votado.