A Associação dos Diplomatas de Moçambique (ADIMO) manteve, esta sexta-feira, um encontro de alto nível com o seu segundo membro honorário, o antigo Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, onde este considerou que a diplomacia moçambicana está “a reproduzir-se e a consolidar-se”.
O encontro, que decorreu em Maputo, inseriu-se nas actividades preparatórias da celebração dos 50 anos da diplomacia de Moçambique independente e do dia do Diplomata moçambicano.
Durante o encontro, a direcção da ADIMO apresentou a Guebuza o plano das actividades comemorativas, destacando o papel histórico e os actuais da agremiação na diplomacia nacional.
“Viemos cá dar o informe daquilo que a Associação, onde ele é membro, está a realizar. Em celebração dos 50 anos da nossa diplomacia”, explicou Laura Guambe, a presidente da direcção da ADIMO, uma agremiação fundada em 2003.
Guebuza, figura importante nos processos de negociação do Acordo Geral de Paz em Roma, e outros processos, foi considerado, pela ADIMO, como fonte de inspiração para as novas gerações de diplomatas.
Armando Guebuza destacou que a diplomacia moçambicana está a “reproduzir e a consolidar-se”, não apenas em termos de presença física e institucional, mas sobretudo pela qualidade dos quadros e das acções desenvolvidas ao longo dos anos.
“A diplomacia está a reproduzir-se. Não somente em termos de materiais físicos, mas, sobretudo, em termos de qualidade”, afirmou Guebuza, sublinhando que esta qualidade se traduz na capacidade de representar e defender os interesses de Moçambique além-fronteiras.
O membro honorário, que recebeu a visita, no seu escritório em Maputo, instou que a diplomacia deve ir além da simples criação de laços de amizade, focando-se em parcerias que tragam benefícios concretos para o desenvolvimento do país.
“Então, há hoje uma responsabilidade que os nossos diplomatas têm de ser capazes de representar aquilo que Moçambique é, mas sobretudo, de atrair não só amizades, mas amizades que venham com capacidade acrescentada para o nosso país se desenvolver”, frisou o antigo chefe de Estado moçambicano entre 2005-2015.
Laura Guambe destacou a importância do encontro, realçando que Guebuza é uma referência incontornável na história da diplomacia moçambicana, tanto pelo seu papel nas negociações de paz, como pela atracção de investimentos durante o seu mandato presidencial.
“Ele inspira-nos, ele é a fonte. Viemos cá beber da fonte, trocar impressões com o Presidente Guebuza”, disse Guambe, destacando o contributo que o ex-presidente impulsionou na diplomacia nacional e internacional.
Na ocasião, Guambe recordou que a diplomacia moçambicana não é estática e deve ser vista como o “espelho de Moçambique fora”.
Para ela, a qualidade referida pelo segundo membro honorário da agremiação reflecte-se na crescente capacidade do país em atrair investimentos, reforço na infra-estrutura, e na consolidação da imagem do país no exterior.
A ADIMO comemora o jubileu de 50 anos da diplomacia e o Dia do Diplomata orientada a preservar e partilhar o legado histórico do trabalho desenvolvido pela Classe Diplomática moçambicana.
Durante os eventos, terão lugar condecorações aos associados da ADIMO, actividades culturais e desportivas, acções de beneficência social e Diplomatic Coffe Sessions entre os associados e a comunidade diplomática residente no país. (Cleto Duarte)