A Petróleos de Moçambique (PETROMOC) declina qualquer responsabilidade nos atrasos dos voos das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), “reafirmando o seu comprometimento de continuar a honrar os compromissos assumidos com todos seus clientes”.
Numa nota enviada a Redacção do SAVANA, a PETROMOC assinala que não registou qualquer falta de combustível nos dias 10 e 11 de Fevereiro na Aero-instalação de Mavalane “ou em qualquer outra Aero-instalação por si operada no país”.
“A PETROMOC tem em vigor contratos de fornecimento de combustível com vários clientes nacionais e estrangeiros e cumpre rigorosamente com as obrigações emanadas dos mesmos, sendo que as situações de incumprimento de ambas as partes são tratadas nos termos e condições definidos nos contratos”, enfatiza a nota daquela gasolineira estatal.
A nota da PETROMOC surge após circularem informações de que os atrasos dos voos da LAM, verificados no passado sábado e domingo, ficaram a dever-se ao facto da gasolineira estatal se ter recusado a abastecer os aviões da companhia de bandeira por alegada dívida de 600 milhões de meticais.
Ontem, Sérgio Matos, um dos gestores da gestor da Fly Modern Ark, a consultora sul-africana escolhida pelo Governo moçambicano para gerir a LAM, reconheceu dívidas com a PETROMOC, mas negou que tal esteja relacionada com a falta de abastecimento, que terá resultado em atrasos de voos.
“Não é problema de pagamento por parte da LAM. Na aviação usa-se o sistema de quotas. O abastecimento é feito por quotas. Cada uma tem a sua quota. A que devia abastecer para estas rotas foi por falta de combustível da fornecedora de combustível”, explicou Matos, sem mencionar a gasolineira que esteve em falta e provocou os atrasos de voos nos dias 10 e 11 de Fevereiro.
Sérgio Matos disse que a dívida da companhia à PETROMOC é muito maior e está na ordem de 70 milhões de dólares, mas não impede abastecimento das aeronaves.