O sindicato Nacional dos Trabalhadores de Aviação Civil Correios e Comunicações (SINTAC), através do seu comité na Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), encoraja a responsabilização exemplar daqueles que sabotam a companhia de bandeira, caso isso seja provado.
Em comunicado enviado à Redação do SAVANA, o sindicato pede uma investigação aturada para que sejam identificados e denunciados todos aqueles que estão envolvidos nas referidas operações de desvio de dinheiro e sabotagem. Assim, antes desse trabalho, o SINTAC demarca-se de qualquer que seja a acusação feita aos trabalhadores.
“Em relação a sabotagem, por parte de alguns trabalhadores, vindo a ser provada, o Comité Sindical também não apadrinhará estas acções que não
dignificam os trabalhadores no geral, porém, enquanto estes não serem identificados, o sindicato se demarca destas acusações, pois é do seu entendimento que havendo provas materiais de um ou grupo de trabalhadores presumíveis sabotadores, estes devem ser identificados, investigados e responsabilizados de acordo com a Lei do Trabalho e o Regulamento interno da Empresa”, assinala a nota.
O SINTAC lamenta que na qualidade de representante dos trabalhadores não tenha sido informado, em primeira instância, sobre as acções de sabotagem e desvios de fundos quer pela direção da geral, quer pela FMA.
Manifestou abertura e apoio as iniciativas da gestão, que possam influenciar no bom ambiente de trabalho e no crescimento e desenvolvimento da empresa.
Mas antes, demonstrou a sua preocupações com as consequências das acusações da última segunda-feira sobre os trabalhadores que, desde então, são rotulados de ladrões de receitas de vendas, comissionistas de POS e sabotadores da empresa.
Recorde-se que, na passada segunda-feira, a Fly Modern Ark (FMA), consultora sul-africana, contratada para reestruturar a LAM, acusou trabalhadores e gestores da empresa de desvios de receitas de venda de passagens aéreas e sabotagem do trabalho que está a empreender visando realinhar a companhia de bandeira nacional. A FMA diz que apenas em Dezembro foram desviados cerca de USD 3.2 milhões. Porém, em carta enviada terça-feira, ao Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, a direcção da LAM, representada pelo respectivo director-geral, João Carlos Pó Jorge, repudiou as acusações proferidas pela FMA.