A empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) afirma ter investido, em infraestruturas e equipamentos, mais de 910.3 milhões de dólares nos últimos cinco anos, assinalando que os investimentos permitiram a dinamização do sector, tornando-o moderno, eficiente e competitivo com orientação ao mercado.
Estes dados foram avançados, nesta sexta-feira, pelo PCA dos CFM, Agostinho Langa Júnior, durante a cerimónia de Assinatura da Adenda ao Contrato de Concessão do Porto de Maputo.
A Adenda ao contrato de concessão do Porto de Maputo à empresa Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), aprovado pelo Governo, indica que a mesma vai vigorar até 13 de Abril de 2058.
A MPDC é uma empresa privada moçambicana, que resultou da parceria entre os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Portus Indico, esta constituída pela Grindrod, DP World e a empresa Mozambique Gestores.
A MPDC prevê investir nos próximos três anos 600 milhões de dólares na expansão daquela infraestrutura portuária, a primeira fase de investimento no quadro da Adenda ao contrato de concessão, até 2058.
Falando na cerimónia, o PCA dos CFM assinalou que os investimentos feitos nos últimos cinco anos pela empresa que dirige estão em alinhamento com o desenvolvimento dos Portos de Maputo, Beira, Nacala e Pemba, destacando-se o Porto de Nacala, as Linhas de Machipanda, Sena e Ressano Garcia e diversos equipamentos ferro-portuários.
A título ilustrativo, indicou que à nível do Sistema Ferroviário Sul investiu-se na Linha de Ressano Garcia, visando aumentar a capacidade de 13,0 para 24,0 milhões de tons/ano.
Afirmou que a primeira fase que consistiu na duplicação da Linha, numa extensão de 42 km, custou a empresa cerca de USD80 milhões. Para esta empreitada, que já foi concluída, a empresa recorreu a fundos próprios.
Acrescentou igualmente que, com fundos próprios, os CFM adquiriram seis locomotivas, avaliadas em USD23,6 milhões, 350 vagões-plataforma (USD 24.3 Milhões) e 120 Tank Tainers (USD 3.6 milhões), totalizando USD 131.5 milhões investidos.
“Ainda no mesmo âmbito, estamos a adquirir material circulante para Linha de Ressano Garcia que consiste em 10 locomotivas e 420 vagões, dos quais 300 são de bordas altas, para o transporte de minerais e 120 tank tainers, para combustíveis, num custo total de USD 68,4 Milhões”, frisou Agostinho Langa Júnior, numa cerimónia do vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, e dos executivos do MPDC.