O ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, manifestou, nesta quinta-feira, optimismo com os resultados das pesquisas petrolíferas na bacia sedimentar de Área A6-C da bacia sedimentar de Angoche, formalmente adjudicada a um consórcio formado pela multinacional italiana Eni e empresa pública moçambicana ENH.
“Estamos optimistas quanto aos resultados prospectivos da área concessionada”, afirmou Carlos Zacarias.
Zacarias falava após a assinatura do contrato de concessão para pesquisa e produção de petróleo na bacia sedimentar de Angoche, norte de Moçambique, entre o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Eni e ENH.
O “resultado de estudos preliminares realizados na bacia sedimentar de Angoche” até agora alcançado cria expectativas em relação às operações que o consórcio vai executar, prosseguiu.
Carlos Zacarias avançou ainda que a aferição das quantidades comerciais dos recursos existentes dependerá da qualidade das pesquisas complementares dos concessionários, na Área A6-C, na bacia sedimentar de Angoche.
“Recomendamos que cumpram com o programa de trabalho estabelecido nos contratos de concessão, obedecendo sempre a legislação petrolífera e conexa em vigor, particularmente a legislação ambiental, em estreita colaboração com o INP [Instituto Nacional de Petróleo, regulador do sector]”, enfatizou.
Carlos Zacarias apelou ao uso de tecnologias com o mínimo possível de impacto no meio ambiente, para permitir que as operações petrolíferas coexistam com outras actividades económicas, de forma sustentável, como pesca e turismo.
Zacarias assinalou que as operações petrolíferas que serão realizadas pela Eni e ENH na bacia sedimentar de Angoche vão criar postos de trabalho, projectos sociais para as comunidades da área afectada pela concessão, oportunidades de negócios e gerar receitas para o Estado.
A directora da Eni em Moçambique, Marica Calabrese, considerou a realização de operações de pesquisa na aludida área como um marco importante para a história da presença da multinacional italiana no país africano.
“A Eni acredita muito neste país, este vai ser o princípio de um outro sucesso”, afirmou Calabrese.
Assinalou que a petrolífera italiana começou as suas operações em Moçambique, quando em 2006 se envolveu na pesquisa de gás natural na Área 4 da Bacia do Rovuma, norte do país, e depois com o início do primeiro projecto de produção naquela região, o Coral Sul.
“Depois do sucesso do Coral Sul, estamos prontos a lançar o Coral Norte”, também na Bacia do Rovuma, adiantou.
Os contratos de concessão de pesquisa assinados na quinta-feira são o resultado do sexto concurso de concessão de áreas de pesquisa e produção de hidrocarbonetos, lançado em 2021.