A missão de observação da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) criticou o modo como a legislação eleitoral moçambicana é alterada, considerando que as revisões pontuais feitas a menos de dois meses das eleições gerais do dia 09 impediram a implementação plena e eficaz das normas.
“Recomendamos que as alterações ‘ad hoc’ sejam feitas atempadamente”, afirmou, nesta sexta-feira, o chefe da missão da SADC, o tanzaniano Amani Abeid Karumi.
A avaliação faz parte do relatório preliminar da missão de observação eleitoral da SADC às eleições gerais de quarta-feira, 9 de Outubro.
No entanto, Karumi descreveu como “profissional” o comportamento dos órgãos eleitorais, considerando que votação foi “ordeira e pacífica”.
“As eleições decorreram de forma calma, ordeira e profissional”, precisou Karumi.
Karumi avançou que mais de 80% das assembleias de voto visitadas pelos observadores da SADC abriram precisamente à hora marcada pelos órgãos eleitorais, 07:00 e os “casos isolados de abertura tardia deveram-se a questões organizacionais”.
A missão da SADC afirmou igualmente que os votantes presentes nas assembleias exerceram livremente o seu direito de voto, porém houve casos de eleitores impedidos de fazer a sua escolha nas urnas, por se terem deslocado à mesa errada e por não se terem recenseado nesse local, acrescentou.
O chefe da missão de observação eleitoral da SADC também elogiou o comportamento exemplar da polícia, a liberdade de acesso às assembleias de voto pelos observadores e a cobertura dos meios de comunicação social.
A missão de observação eleitoral da SADC, composta por 16 elementos, vai emitir o seu relatório final um mês depois da validação e proclamação dos resultados pelo Conselho Constitucional (CC).