As autoridades da África do Sul estão a investigar a possibilidade da existência de uma rede regional de tráfico de medicamentos, depois de caixas contendo anti-retrovirais e outros medicamentos terem sido encontradas no local de um acidente de autocarro que na semana passada causou a morte matou pelo menos 42 pessoas.
O acidente ocorreu na noite do dia 7 de Outubro no Município de Makhado, província do Limpopo, quando o autocarro com destino ao Zimbabwe despistou e capotou. Agentes da polícia e de primeiros socorros que responderam ao acidente encontraram uma caixa contendo grandes quantidades de anti-retrovirais e outros medicamentos, levantando suspeitas de tráfico ilegal de medicamentos.
“Isto não é normal”, disse um oficial envolvido nas operações socorro e resgate. “Não havia documentos que acompanhassem os medicamentos, e não está claro se o seu transporte é legal ou quem era o destinatário”. O autocarro tinha saído da Cidade de Port Elizabeth, tendo como destino final Harare. Suspeita-se que a maioria dos passageiros eram cidadãos zimbabweanos.
A governadora do Limpopo, Phophi Ramathuba, que visitou o local do acidente, disse que não se tratava apenas de um “trágico acidente, dado que também inclui questões mais sérias de saúde pública e conduta criminosa”.