Considerado em importantes sectores como “um elefante branco”, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, entende que o Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, na província de Gaza, sul de Moçambique, é viável, elencando as potencialidades turísticas e de empreendimentos de exploração de recursos naturais, que estão e que serão implantados naquela zona, assim como em áreas próximas, como determinantes para a viabilidade daquela infraestrutura aeroportuária.
“O aeroporto de Chonguene [Filipe Jacinto Nyusi]. Eu pessoalmente penso que é viável, porque (risos) está numa região onde há recursos intensos, recursos naturais. Portanto, há negócios e está numa zona onde há uma natureza muito bonita para o turismo. É uma zona onde tem população, onde grande parte trabalha na África do Sul. Portanto, tem algum poder de compra”, referiu o ministro, colocando o raciocínio de que os gazenses trabalhadores na África do Sul também podem equacionar a necessidade de passarem a fazer as suas viagens de avião de e para aquele país vizinho de Moçambique”, assinalou Magala, quando falava, esta segunda-feira, à margem da inauguração em Pessene, distrito da Moamba, província de Maputo, do parque intermédio de gestão do tráfego de camiões, que fazem o trajecto África do Sul – Moçambique e vice-versa.
Publicamente, apesar de tal mostrar-se possível, o facto é que viajar de avião ainda supera em larga medida as capacidades da maioria da população moçambicana.
Enquanto se está em discursos sobre a viabilidade ou não, no terreno o que se nota é que o Aeroporto de Chongoene, tal como o de Nacala, continuam a posicionar-se como verdadeiros “elefantes brancos” que, sem produzir, continuam a consumir muitos recursos públicos.