Moçambique foi removido da “lista cinzenta”, em reconhecimento aos avanços que registou na criação de um quadro regulatório e institucional favorável ao combate ao branqueamento de capitais e ao terrorismo, disse hoje, 24, ao SAVANA o coordenador nacional para a retirada do país do referido famigerado clube, Luís Abel Cezerilo.
Cezerilo adiantou que a plenária do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) comunicou a decisão ao Governo moçambicano às 09:15 de Paris.
“Saímos oficialmente da ‘lista cinzenta do GAFI’, um marco que não pertence a um sector, a uma instituição ou a um grupo. Pertence a todos nós, moçambicanos e moçambicanas, que acreditamos na força da integridade, da persistência e da união em torno de um mesmo propósito: o fortalecimento do nosso país”, acrescentou.
Esta conquista é o resultado de um esforço colectivo, que exigiu coordenação, transparência e compromisso do Governo, de cada instituição do Estado, do sector privado, da sociedade civil e de todos os cidadãos que compreenderam que o combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo é um imperativo, acrescentou Luís Abel Cezerilo.
“Esta vitória não marca o fim de uma caminhada, marca, sim, o início de uma nova etapa. Uma etapa em que devemos consolidar os avanços alcançados, reforçar os mecanismos de integridade, e garantir que Moçambique continue a ser reconhecido como um parceiro credível, seguro e comprometido com as boas práticas internacionais”, enfatizou.
O GAFI recomendou ao país a “trabalhar” na “melhoria do mapeamento de risco”.
“A saída está feita. Já está proclamada. Saiu hoje Moçambique, África do Sul e Burquina Faso”, acrescentou Luís Abel Cezerilo, que é também director-geral adjunto do Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (Gifim).
Moçambique estava incluído desde 2022 na “lista cinzenta” internacional de branqueamento de capitais do GAFI.